É pela primeira vez que neste blog vou falar da festa mais importante da minha CIDADE, e só o faço porque gostaria que os meus netos , um dia ao lerem este blog vissem a diferença entre o ontem e o hoje.
Foi nesta cidade que nasci, que vivi e viverei e morrerei se DEUS assim o entender.
De facto, estas festas sanjoaninas são um espetáculo fantástico, só assistindo a elas é que se pode ter uma ideia da sua grandeza, pese embora seja dedicada a S.JOÃO , não me parece que tenha muito a ver com o Santo em si,
Trata-se de um acontecimento profano, que quanto a mim nos leva a definir este povo maravilhoso que habita nesta região nortenha, pela sua humildade, pelo seu caracter, pela generosidade, pelo seu trabalho e por fim pela sua maneira de estar na vida.
Por isso, encontrou um dia para por a sua disposição todas essas qualidades que os distingue dos demais.
Criou então os seus costumes, objetos, que se tornaram ao longo dos tempos sinónimo desse dia. Os alhos-porros, os martelinhos, os ramos de cidreira, que normalmente se passa pela cabeça das pessoas. E, também o celebre manjerico. Como se trata da passagem de uma noite também foi criado para o jantar e ceia uma boa sardinha assada. As suas tasquinhas. Os bairros com os seus bailes, as cascatas, o fogo de artificio, os carroceis, as pistas de automóveis, as barracas das farturas, não esquecendo a configuração desta cidade inserida numa paisagem sem igual.
Desde pequeno que nesta época dos santos populares, fazia uma cascata, depois andava a pedir para comprar mais “ santinhos “.
Depois uns anos mais tarde quando tinha 15 anitos, nesse dia pela volta das 2 da manha tomávamos café com leite e umas torradas, voltando depois para a folia e por volta das 7 da manha íamos para o rio tomar banho.
E importante dizer que vem muito forasteiro a esta festa, e lá para o fim da manhã ai estão os arruados como se lhe chamavam, cansados mas felizes pela noite que passaram em confraternização.